terça-feira, 12 de março de 2013

Nesta segunda-feira 11 de Março, tivemos a Segunda Sessão Ordinária da Câmara Municipal. Onde apresentei a documentação (certidão de óbito) do jovem Igor Roberval Santos de Cristo, de 15 anos que faleceu por afogado no dia 02 de março, na Praia do Cristo, como citado na reunião do dia 04 de Março.
Na oportunidade também realizei uma homenagem a Dona Antonia de Moura Bárbara:

GUARATUBANA DE CORAÇÃO
Dona Antonia de Moura Bárbara, natural de Barra Velha, SC, chegou em Guaratuba nos idos de 1942 e conta sua história.
“Eu morava em Barra Velha, com meu marido Oracino Salvador, que era pescador. Um dia chegou por lá um senhor de nome Pedro Gastaldi, que tinha um comércio de peixes em Guaratuba, para arranjar gente para vir pescar por aqui. Gastaldi esteve em nossa casa para fazer um convite. Queria que a gente e outros pescadores de lá viessem trabalhar na pesca aqui em Guaratuba. Como em Barra Velha  a pesca, apesar de boa, estava fraca de vendas por falta de compradores, reunimos toda a família e resolvemos aceitar a proposta do homem. Formamos uma comitiva de aproximadamente 15 pessoas, entre irmãos meus e de meu marido, cunhados e compadres, todos pescadores. A viagem para cá foi uma aventura. Não havia estrada e nos carreadores que existiam a gente arranjava uma carroça para transportar a “tralha”. Quando acabavam os carreadores, o jeito era a pé mesmo. Na época, eu só tinha um filho (Lorenço). A gente era moço e a vontade de dias melhores de vida nos dava muita força. Aqui, o senhor Gastaldi nos mostrou um lugar onde poderíamos armar nossas casas. O local é o mesmo onde estou até hoje, com a diferença que o mar era mais longe. A praia ia até adiante das pedras do morro, que hoje é chamado de Morro do Cristo. Onde hoje é a Avenida Beira Mar, passava um rio e para atravessar da praia havia uma “pinguela”, uma ponte de um só tronco. Nossas casas foram feitas de tabuas, eram bem simples, chão batido e o telhado era feito com “tabuinhas lascadas”. Foram construídas entre o rio e a praia. Com a experiência de Barra Velha, meu marido e meu irmão João armaram um caixão de madeira, enterraram na margem do rio para quando a maré subisse encher o caixão com água. A maré baixava a água que ficava no caixão era limpa, doce e dava para lavar, cozinhar e lavar roupa. Este sistema é conhecido como caximba. Assim começamos a viver aqui. Os homens iam para o mar pescar para o senhor Gastaldi. Mas, apesar da quantidade de peixes que eles traziam, o trato não deu certo. E olha que eram bons peixes. O que mais pescavam era a pescada branca, conhecida como “perna de moça”. Às vezes, tinha pescada que chegava a pesar cinco quilos.
            Como não deu certo o negocio com o Gastaldi, tentaram também uma parceria com outro comerciante de pescados, chamado Linhares. Também não deu certo. A família se reuniu e resolveram trabalhar por conta própria. Os peixes eram presos pelas guelras com cipós, formando pencas. Essas pencas eram levadas até a Rua dos Pobres, hoje chamada de Vieira dos Santos, para serem vendidas aos moradores daquela rua, que na época fora o centro, era a que tinha maior numero de casas residências. Quando sobravam peixes, a gente “conservava” e punha para secar no sol, depois de salgados. A gente chamava de peixe “escalado” ou “cambira”. Certa vez, meu irmão Luiz, num só dia, pescou 400 pescadinhas. Foi duro limpar todas e pôr para secar ao sol. Mas ... a gente era jovem e, com a graça de Deus, tinha vontade e força para trabalhar. Fizemos um bom estoque de peixe “escalado”.
            Hoje estou com 82 anos, muitos dos parentes e amigos que vieram para cá Deus já levou para perto dele. E eu ainda estou aqui, cheia de saudades daquele tempo e de meus entes queridos. Tenho saudade do meu Oracino que Deus chamou há mais ou menos 20 anos, e de todos os entes queridos que vieram e deixaram suas marcas de trabalho, dedicação e honestidade.
            Eu adoro Guaratuba, que já é minha terra e que esta dentro deste velho coração, por ter me recebido de braços aberto. Olho pela minha janela e contemplo o mar, esse mar tão lindo que, com seus frutos, me ajudou a alimentar e criar meus filhos.
            Tive onze filhos, dos quais oito estão vivos e são os que me amparam. Tenho dezenove netos, dez bisnetos e um tataraneto. Apesar de um pouco doente, sou feliz”.          

FONTE: Jornal O Litoral  pagina 5 – Guaratuba 15 de Agosto de 2006      


Dona Antônia de Moura Bárbara foi pioneira de uma comunidade de pescadores que sempre lutaram com o mar e com as adversidades da vida.
Viveu num local maravilhoso, uma vida simples e humilde, mas honrada, conquistada com o trabalho.
Com seus 89 anos, era o símbolo dessa gente que tanto luta, mas que não tem sossego, não têm a paz de poder dizer ‘’ esse é o meu lugar’’
Aos parentes e amigos de dona Antônia nosso mais sincero pesar
‘’ Olho pela minha janela, e contemplo o mar, esse mar tão lindo que, com seus frutos, me ajudou a alimentar e criar meus filhos.’’
No Brejatuba ficou uma lacuna difícil de ser preenchida. Fica como sugestão, depois de consultar os senhores vereadores, e também a comunidade que utiliza o mercado de peixes do Brejatuba, que depois da reforma tão necessária naquele local, como pretende a prefeitura municipal de Guaratuba, seja reinaugurado, com o nome de Dona Antônia de Moura Bárbara.

sábado, 9 de março de 2013


Vereador Solicita mais Salva-Vidas
O Vereador Maurício Lense preocupado com o fim da Operação Verão e com o grande número de visitantes que ainda frequentam Guaratuba, principalmente nos finais de semana, aproveitou o ensejo da primeira Sessão da Câmara Municipal nesta segunda feira dia 04/03 para solicitar ao Deputado Nelson Justus e a Prefeita Ivani Justus presentes na reunião, a usarem seu prestígio junto ao Governo do Estado para informá-los da necessidade de manter os serviços, da Operação Verão no que tange ao corpo de bombeiros pelo menos até a páscoa, para que aquela corporação pudesse dar continuidade ao excelente atendimento ao grande número de banhistas.
O Vereador Maurício Lense sempre considerou a instituição do Corpo de Bombeiros como heróis, dispostos a dar sua vida para salvar as outras, seu trabalho muito eficiente e organizado, tornou nossa temporada mais tranquila e segura.
Porém com a diminuição do efetivo (fim da Operação Verão), e ainda um grande número de visitantes, torna esse trabalho tão essencial à vida mais difícil, podendo ocorrer casos de afogamento.

Jornal da Hora – edição 223 de 8 de Março de 2013.




quinta-feira, 7 de março de 2013


Comunidade de Salto Parati recebe Aparelho de Telefonia Rural


   Há tempos a comunidade de Salto Parati vinha sofrendo com a falta de comunicação, e atendendo ao pedido da comunidade, no dia 23 de dezembro o Vereador Mauricio Lense com a ajuda de alguns empresários do município que também sensibilizados com problema, entregaram a comunidade um aparelho de telefonia celular rural, o qual foi instalado na mercearia do Sr. Antonio, e ficará a disposição de todos que necessitarem, viabilizando assim a comunicação para todos os moradores.
  Na oportunidade foram encontrados outros problemas como: a Escola Municipal e o acesso à comunidade. A escola encontra-se desativada, fazendo com que os moradores migrem para a cidade em busca de oportunidade de ensino aos seus filhos, perdendo assim um pouco de suas raízes e cultura local. O acesso encontra-se bastante precário, por via terrestre a estrada encontra-se bastante danificada, e para chegar por água não há nenhuma infraestrutura, necessitando a construção de um trapiche para facilitar o embarque e desembarque dos moradores e turistas visitam o local.
Vamos continuar lutando pela melhoria da comunidade, não somente do Salto Parati como todas que necessitam de nossa colaboração para uma melhor qualidade de vida.